terça-feira, 30 de março de 2010

Dependência

"Eu podia querer mais do que isso? - um abraço reconfortante por cinco segundos. Podia, mas eu sempre tive consciência de que querer não é poder. E, se isso aconteceu, eu já fiquei radiante, e já mudou meu dia todo e, consequentemente minha noite. É, eu obviamente sonharia com ele. Era como se eu realmente tivesse achado a minha metade. Mesmo que ela ainda não fosse minha por inteiro, ela estava comigo, agora. Pra mim, ela estava. E o que mais importava era isso, eu com ele e ele comigo. E com ele eu já estava há muito tempo. Com ele, eu vivia todos os dias. Eu me alimentava dele a cada segundo. Minha respiração e meus batimentos cardíacos dependiam dele. Pode parecer exagero, mas era isso que eu realmente sentia."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Zero

De uma forma ou de outra, eu sabia, tinha a mais absoluta certeza, de que, depois de uma semana, eu já não estaria postando tão freneticamente quanto nos outros dias. Mas é assim mesmo... não que as coisas comecem a se tornar uma obrigação e nem que fiquem menos divertidas, mas os assuntos somem por mais que nem metade deles esteja abordado aqui. E agora, preciso constar que me falta a tão amada inspiração. E não é que eu não veja tudo ao meu redor como uma fonte de inspiração, não é que as aulas de filosofia e todos os textos poéticos que eu leio ou ouço durante o meu dia não sirvam como assunto para minha escrita. É que, às vezes, eu preciso parar um pouco. Quer dizer, eu tenho vários assuntos que não englobaria aqui, que são muito pessoais e preciso escrevê-los em outro lugar. Quando eu digo 'parar', não é parar de escrever totalmente, mas sim pensar um pouco em mim, por mais que em todos os meus textos eu me coloque um pouco ou inteiramente dentro deles. Às vezes o que eu quero dizer, não pode nem ser escrito, só pensado. Ou eu ainda não sei de que forma escrever.
Mas, por mais que ande me faltando esse bem tão precioso, preciso dizer que ainda pretendo falar sobre as mais diferentes coisas, desde os preconceitos até o amor. E, quando eu encontrar algo dentro de mim que realmente possa definir o amor, eu escreverei. Porém, no momento, peço a compreensão para o fato de que zero inspiração é igual a zero texto.
Preciso de tempo... até porque passei uma semana inteira escrevendo. Minha cota semanal estava mais do que suprida, porém o estoque de pensamentos e reflexões não sobrou. Ainda restam textos, mas acho que histórias o tempo todo cansam... É, me cansam também. Só que, caso vocês queiram alguns textos antigos meus enquanto eu penso em algo que gostaria de contar e que sei desenvolver, me avisem.
Queria pedir desculpas novamente. E agradecer imensamente todos os elogios, todos os parabéns, todos os apertões nas bochechas, tudo. Está sendo essencial para mim. E saibam que, apesar de estar em falta com vocês e até comigo, isso já é uma grande parte da minha vida. Talvez, ultimamente, a parte que tem me dado mais alegrias. Gostaria que vocês entendessem os "buracos" que surgirem, daqui pra frente, entre um post e outro e que, se possível, continuem junto comigo. Porque, não canso de dizer, é isso que me faz continuar.
E mais ainda... muito obrigada pelos comentários lindos!!!!!!!!!
Beijos enormes.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A primeira vez

"Eu amava aquilo e sentia que ele gostava também. Eu sentia por ele algo cada vez mais forte, cada vez mais indescritível que não podia ser dito em palavras, algo que só se podia sentir mesmo. Era muito intenso, forte, poderoso, e me dominava por inteiro.
Nunca me esqueço do dia em que nos pediram para sair de sala para avisar algo à coordenadora. Eu fui abrir a porta, mas não estava conseguindo girar a maçaneta. Ele colocou a mão sobre a minha e girou-a junto comigo. Meu coração deu um pulo e acho que foi nesse momento que meu sentimento de desencadeou de vez. Ele crescia a cada dia mais, me fazendo ficar uma boba apaixonada. E, logo, todos sabiam do que eu sentia por ele. Menos ele. Eu não sabia o significado do amor, mas dizia que o amava. E, sim, eu o amava com todas as minhas forças como eu jamais amei ninguém.
Era algo que tomava conta de mim, e dava vontade de me entregar, mesmo que eu não soubesse de que maneira eu poderia o fazer. Era algo que vinha do fundo da minha alma, do meu coração e percorria meu corpo todo, como se fizesse parte do meu sangue. Aos poucos, era aquilo que me fazia viver. Eu estava viciada, e a droga era o amor.
Nós conversávamos muito por MSN, como se fôssemos amigos há anos. Eu amava conversar com ele, eu amava o jeito dele, eu o amava. Por inteiro, com cada parte de mim, com cada parte do meu coração, da minha alma, do meu ser. Eu o amava e disso eu tinha a mais absoluta das certezas, e era tanto amor que eu não poderia mais esconder. Tanto não poderia que não escondi." (Lembranças do meu primeiro amor, em 2005)

Quero formalmente pedir desculpas por não estar postando frequentemente minhas reflexões. É que eu ando doente, com dor de cabeça e não consigo pensar muito para escrever algo bonito. Então, como já tenho uns textos prontos aqui, arranco parte deles para postá-los. Mas, se Deus quiser, já estarei voltando à ativa amanhã... Só não pensem que se livrarão dos meus trechos de textos e diálogos! Não vivo sem eles...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Eu, simplesmente...

- E eu descobri... – ele pausou e eu sorri, encorajando-o a continuar – que era você o tempo todo. Quando eu ouvia alguém chamar meu nome, era você. Nas noites em que fiquei pensando em algo que me fazia bem, era você. Os melhores sonhos da minha vida eram com você. E foi sempre com você que eu quis ficar, e, agora, mais do que nunca, é com você que eu quero estar. Eu, simplesmente... Te amo – ele foi se aproximando de mim, enquanto as cortinas iam se fechando lentamente, dando a entender que um beijo viria a seguir.
A cortina se fechou e tudo que eu pude ouvir foram os inúmeros aplausos que se seguiram. Podia ouvir assovios e pessoas gritando meu nome. Uma emoção indescritível. Olhei para o lado e ele me observava, com os olhos brilhando. Sorri para ele, numa demonstração exagerada de felicidade.
- Conseguimos! – eu pulei nas costas de meu melhor amigo e ele me segurou, levando-me para cumprimentar todos os nossos parceiros de teatro.

terça-feira, 23 de março de 2010

Fragmento de uma carta

"(...) E tudo que eu desejo é que você sinta por mim, pelo menos, metade do que eu sinto por você; que eu possa provocar em você, pelo menos, um terço dos efeitos que você provoca em mim. Eu só quero que você pense em mim, em um dia, pelo menos uma vez. E que você saiba que, a cada respiração minha, estou pensando em você."
Ana Cristal Barroso em meados de 2009.

domingo, 21 de março de 2010

Esconderijos involuntários

Existem apenas duas coisas que me desligam completamente do mundo: o mar e o céu. Não digo a escrita, porque escrever sempre me remete a algo que talvez eu queira esquecer, mas é uma forma de desabafo e alívio. O mar e o céu não são desabafos, são as duas maneiras que encontrei de fugir um pouco dos meus problemas, não de resolvê-los. E não é que eu goste de fugir dos problemas, de não ter uma resposta para eles, mas acontece tão involuntariamente que acaba se tornando um alívio e um descanso para mim.
Enfim, o mar é uma coisa tão linda, tão infinita que me encanta. Toda vez que vou à praia e entro nele, todas as minhas tristezas, alegrias, mágoas, angústias, tudo some. Tudo se torna apenas um pequeno ponto em meio àquela imensidão toda. Os problemas são finitos em meio àquela infinidade de água a minha volta. E acho que toda essa imensidão, toda infinidade serve pra realmente nos mostrar que existe algo muito maior do que os problemas, que nossos problemas são míseros pontos comparados aos problemas dos outros ou até mesmo à maravilha do mar. Fora que mergulhar é algo que nos purifica, é como se a água fosse feita para nos limpar, tirar tudo que há de ruim em nosso corpo, todas as lembranças que nos atormentam, mesmo que seja só por um breve momento. É como se tomássemos um banho purificador e nos curássemos de todas as dores naquele minuto em que estamos ali. É algo que, definitivamente, me tira da minha vida para me transportar para um mundo onde só há alegria e sorriso.
E o céu... Ai, o céu! Existe coisa mais bonita do que olhar pela janela e ver a lua cheia e aquela "multidão" de estrelas a olhar para você? Sou maravilhada pelo céu. Várias noites, vou até minha janela e fico parada, olhando para as estrelas, conversando com as estrelas e procurando nelas algum sentido para continuar, ou apenas procurando respostas. A Lua me tira do meu estado normal de tal forma que passo a venerar o céu e, às vezes, acho neles as minhas respostas. O céu me faz acreditar que há alguém acima de nós, olhando por nós. O céu é minha ligação mais intensa com Deus, faz com que eu pense que Ele está realmente próximo a mim e me dará qualquer resposta que eu quiser. Já cansei de fazer pedidos às estrelas e tentar achar nelas algum motivo para viver, ou apenas um "por que estou aqui?". Acho que são muito mais do que coisinhas brilhantes no céu, acho que representam todos que já passaram por aqui, lutaram, foram felizes, fizeram pessoas felizes e morreram. É algo muito mais valioso e belo do que sequer podemos imaginar.
Com isso, convido vocês que estão lendo o primeiro texto em que falo diretamente de mim (deixando bem claro que todos eles tem um pouco de mim, mas são voltados a todos que sentem ou já sentiram o mesmo que eu), a experimentarem essa ligação tão próxima com o divino, com o grandioso. Experimente ir à praia sorridente e dar um mergulho, ou, em uma noite estrelada, olhar para o céu como quem não quer nada e talvez descobrir formas nas estrelas. Revigora, purifica. É bom para todos os tipos de pessoas! E, um dia, se puder, arranje um lugar bem lindo, deite na grama e fique olhando atenciosamente para o céu. Mas, quando o fizer, não esqueça de me chamar!

sábado, 20 de março de 2010

"Do they?"

'Fairytales don't always have a happy ending, do they?'
Quando eu tinha cinco anos, meu sonho era viver um conto-de-fadas. Literalmente, eu sonhava com meu castelo envolto por campos floridos e lagos enfestados de golfinhos. Um dia, aparecia um príncipe em um cavalo branco que, mais tarde, se casaria comigo.
Sempre fui apaixonada por fantasias. O problema é quando essas fantasias se tornam objetivos reais. Qual a garota que nunca teve o sonho de encontrar seu príncipe encantado? Ou da fada madrinha transformá-la? Qualquer coisa...
Ao viver a vida, vamos percebendo que contos-de-fadas são histórias que, realmente, não podem acontecer no nosso cotidiano. Até porque a maneira que vivemos hoje é muito diferente da maneira com que eles viveram na época em que os contos foram escritos. Não existem castelos envoltos por campos floridos e lagos enfestados de golfinhos, não existe fada madrinha e, principalmente não existem príncipes. Cavalos brancos podem até ser reais, mas príncipes não.
Ao longo do tempo, nota-se que as pessoas são imperfeitas demais para serem príncipes ou princesas de contos-de-fadas. Não que imperfeição seja uma coisa ruim, quer dizer, se todos fossem perfeitos, a vida seria um verdadeiro lixo. Mas a maioria não possui a sensibilidade necessária para tornar uma história que nos parece surreal, real. Com o tempo, vamos nos magoando com as pessoas e, por mais que tenhamos pensado ser um príncipe, não era nada do que imaginávamos. Aí pensamos: "Foi melhor assim. Ainda não era a minha vez de ter uma história linda". Afinal, contos-de-fadas sempre tem um final feliz, certo? Certo. E isso é o que menos vemos ultimamente, finais felizes. Os que tem são os poucos privilegiados pela vida.
Acho que o problema, hoje em dia, é que talvez não consigamos abrir mão de coisas que pensamos, ou de coisas de nossa própria vida, para viver um amor, uma paixão, que seja. Não tentamos entender a cabeça do outro ou deixar de ser orgulhosa(o) pelo menos uma vez para tentar, por exemplo, acabar com uma briga. E outro ponto é que muitos casamentos tem acabado porque o casal não luta por ele; na primeira adversidade, quer pedir os papéis do divórcio. Para que casar então?
Casamento, amor e afins se tornaram coisas tão banalizadas, que tenho medo de pensar como será daqui a alguns anos.
Uma coisa é certa: príncipes não existem. Pode ter, em algum lugar - e acredito seriamente nessa hipótese -, alguém que esteja esperando para te fazer feliz. Mas, na história de vocês, sempre haverá brigas, desentendimentos, nem tudo será bonito. O que adiantaria se tudo fosse perfeito? Qual seria a graça se não tivéssemos que lutar para ter um final feliz? Talvez receber amor, carinho e compreensão compense todos esses erros dos dois... quem sabe? Aí talvez tenhas a chance de viver uma história tão linda quanto a dos contos-de-fadas, ainda mais bonita porque, a cada briga, o amor irá se renovando, então, finalmente poderemos saber se serás feliz para sempre.

Imperfeição perfeita

- Será que você poderia ser um pouco normal de vez em quando?
- Como? – ele ergueu as sobrancelhas, preocupado.
- É... você sempre sabe o que dizer, você parece tão irreal. Será que conseguiria ser menos perfeito alguma vez? – sorri, envergonhada.
Ele deu uma gargalhada gostosa: - Eu pensei que você gostasse...
- Sim, eu gosto. É claro que eu gosto de saber o que fazer... Mas é que você... você é tão perfeito! Sabe, eu não gostaria de me apaixonar por você, igual a todas as outras – corei – Você poderia tentar ser normal?
- Se você se apaixonasse por mim – disse, ignorando a minha pergunta –, eu não daria atenção a nenhuma outra. Eu escolheria você.
Um sorriso brotou em meus lábios, acompanhado imediatamente pelo brilho em meus olhos. Brilho que também dominava os olhos dele: - Por quê? – perguntei.
- Porque você é diferente de todas. Você é o ser imperfeito mais perfeito que existe. E eu agradeceria todos os dias se isso acontecesse porque, bem, porque eu já sou completamente apaixonado pela sua imperfeição.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Entre estudos e reflexões

Tudo ao meu redor me inspira, me faz refletir. Tudo que está a minha volta é motivo para reflexões e críticas internas. Por exemplo, na quinta-feira, minha professora de História explicava o final da Idade Média, o feudalismo. Época em que a sociedade era dividida em nobres e não-nobres e, obviamente, os nobres eram privilegiados. Nobres eram os cleros, reis, parentes de reis e o resto das pessoas importantes. Não-nobres eram os trabalhadores urbanos, camponeses e servos (que talvez significassem a mesma coisa). Ela explicou também que, naquela época, as pessoas eram importantes se o berço delas foi nobre, se tinham sangue azul. E, mesmo assim, se quisessem mudar sua posição na sociedade, não poderiam. Porque, quem nasce sem sangue azul, infelizmente não pode fazer transfusão. O que me chamou mais atenção foi que, após essa discussão, ela enfatizou que, hoje em dia, não é mais assim. As pessoas são importantes pelo dinheiro que tem, podendo mudar facilmente de classe social. Mesmo assim, é pelo que elas tem, não pelo que são.
Outro ponto importante, eu percebi em minha aula de Artes, na terça-feira, onde minha professora falou sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade. Padrões esses que às vezes não tem nada a ver conosco (por exemplo: seios fartos não são características de brasileiras). E que as pessoas fazem qualquer coisa, passam por qualquer dor para ser do jeito que o resto impõe. Ou seja, a quantidade de loiras de cabelos alisados, com silicone e todas as outras coisas que foram feitas para bumbuns, bocas e mais o resto da face, é enorme. As pessoas praticamente se tornaram iguais...
Juntando essas duas coisas que, aparentemente, parecem nada ter a ver, eu lanço uma pergunta: É isso que realmente importa no ser humano?
Quer dizer, o que as pessoas tem vão dizer o que elas são? No meu ponto de vista, não é bem assim. Uma das coisas mais bonitas em qualquer pessoa é o caráter. Mas quem liga para caráter hoje? Se for um rostinho bonito, ok, estamos aí. Não vou ser hipócrita e dizer que beleza não conta, porque conta, mas a humanidade fez com que ela contasse demais e o que a pessoa realmente é, não valesse nada. É absurdo o modo como algumas pessoas ainda são tratadas com inferioridade. "Estamos no século XXI" também vale para isso. Estamos numa sociedade que tem tipos de pessoas diferentes, afinal, a miscigenação aconteceu, e que todas deveriam ser respeitadas independente da beleza ou classe social. Não é o dinheiro que vai caracterizar o caráter de alguém, muito pelo contrário!
Sinceramente, existem pessoas que são bonitas pelo que elas são por dentro. Podem até serem bonitas por fora, mas o interior é tão belo que conta muito mais. É lógico que todos querem usar e abusar das maquiagens, até sou a favor disso, e todos querem ser bem sucedidos em suas profissões. Ótimo. Muito bom mesmo, meus parabéns a vocês! Mas nunca se esqueça dessas pessoas que estão trabalhando para colher os legumes e verduras que você come, para fazer os sucos que você bebe. Elas podem valer muito mais do que o integrante do Big Brother Brasil que ganhou um milhão e meio. E aí? Ele(a) é lindo(a), gato(a) e maravilhoso(a)? Pergunto de novo, e aí? Às vezes não tem caráter nenhum, não tem personalidade própria e não sabe batalhar pelo que quer... Nada contra o BBB, nada contra pessoas ricas, nada contra ninguém específico. É apenas um exemplo, só para relembrar.
Se ao final de tudo, você estiver pensando "ah, isso é papo de gente feia e pobre", tudo que eu tenho pra te dizer é: desculpe-me se eu dou valor às pessoas e se eu ligo para o que há de mais bonito nelas.
(Revoltei? hihi)

quinta-feira, 18 de março de 2010

O primeiro e mais grave

- Nossa, você tem tantos problemas assim? - perguntou com súbita curiosidade na voz.
Ele deu um sorriso maroto: - Tenho. O primeiro e mais grave de todos é você - riu - Sou tão apaixonado por você que quase não tenho tempo pra pensar nos meus problemas. Se pudesse, gostaria que você fosse a solução de todos eles pra não ser obrigado a te esquecer nem por um segundo.

Despertar para a vida

Todos nós já fomos bebês um dia. Pequenas criaturas inocentes que não tinham noção do que faziam. Que, se cometessem algum erro, rapidamente eram defendidos pelos pais ou recebiam uma risadinha, e logo após, a correção do erro. Nos tornamos crianças, daquelas que adoram videogame, são cheias de amigos no colégio, ainda não sabem o verdadeiro significado da vida e podem chorar no colo dos pais toda vez que erram, e, ainda, tem os erros consertados pelos pais através de uma simples conversa. Meninos odiavam meninas, meninas odiavam meninos. Às vezes isso era quebrado por um ou dois corajosos que resolviam ser amigos, aí vinha a descoberta de que esse tipo de relação também é boa. Talvez uma descoberta de algo como pernas bambas e borboletas no estômago: o primeiro amor! E, ah, como é lindo amar pela primeira vez! Na escola, o estudo era apenas uma consequência. Estudávamos na véspera apenas para garantir notas boas e elogios dos pais e professores.
A pré-adolescência já vinha com um gostinho de coisas novas, meninos descobrindo hormônios e meninas descobrindo o corpo, a primeira menstruação. Descobrindo como é bom beijar e que a relação menino-menina, pode ser ainda mais interessante. Mas o estudo continuava sendo apenas algo a mais. Algo que vinha depois de tudo.
Alguns já criam a consciência desde cedo do que querem ser na vida, mas isso é extremamente difícil... Aí chega a adolescência. Passamos do Ensino Fundamental 1 para o 2, sempre descobrindo novas coisas, agora com um tema diferente: sexo. Sexo é algo que todos discutem sem enrolação, até com prazer. Depois, o Ensino Médio. Tudo novo, vida nova. Nos vemos diante de responsabilidades que antes não tínhamos. Horários extras, horários novos, horários além do que estávamos acostumados. Nos vemos diante de uma obrigação, uma verdadeira responsabilidade: estudar. Não é isso que nossas mães sempre diziam? "Estudar é sua única responsabilidade". Mas agora, verdadeiramente, é uma responsabilidade. Nos vemos diante de uma fase que pensávamos só acontecer no terceiro ano, mas não, fazem questão de nos enfatizar todos os dias que o vestibular está aí, que o vestibular começa no primeiro ano. Ou seja, começamos a ficar loucos agora?
A escolha de uma profissão é algo terrível. É escolher o que você vai fazer para o resto de sua vida. Tens duas opções: ser bem sucedido ou não. Deixar para decidir em cima da hora ou não. Tudo depende de você. E, além disso, tem os assuntos lá de fora: desilusões amorosas, problemas com a família, problemas financeiros. Estamos presenciando o que é crescer. Estamos sendo obrigados a crescer. Não, isso não é ruim. O amadurecimento é uma parte muito bonita da vida. Mas amadurecer e criar responsabilidades sob pressão não é algo que me agrada. A pressão fica grande porque, bem, um dia você teria que crescer, certo? E essa hora chegou, é agora.
Junto com isso, embalado no pacote, nós estamos nos conhecendo melhor. Tanto psicologicamente quanto fisicamente. Ainda estamos nos formando, formando nosso corpo e nosso caráter e temos um monte de coisas novas para experimentar. Onde encaixar tudo isso? Eu não sei. Mas é algo que quero muito descobrir... Chegou a hora de se tornar gente grande, mas não, nunca perca sua verdadeira essência, nunca deixe os outros decidirem por você. Seja gente grande brincando, rindo e se divertindo, como sempre foi, mas com um pouco mais de consciência dos seus atos, porque agora, infelizmente, deitar e chorar no colo da mamãe não ajudará em muita coisa - é uma grande forma de alívio. Teremos que responder pelo que fazemos - para toda ação existe uma reação - e defender o que pensamos, sem deixar que ninguém faça isso por nós. Mas, tudo isso junto, sem deixar a vida perder a graça, sem deixar de sorrir em meio a qualquer diversidade. Porque sorrir é a melhor maneira de encarar a vida. Estude sim, muito. Porém, não se esqueça de viver. E viva sim, muito. Porém, não se esqueça de estudar.
Seu futuro só depende de você.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Felicidade instantânea

Já sentiu vontade de sorrir por motivo nenhum? Já sentiu vontade de rir sozinha enquanto ouve uma música ou, simplesmente, pensa? Se não, deveria experimentar. Se sim, deve saber sobre o que eu falarei agora.
Felicidade é, basicamente, a "coisa" que todos desejam obter na vida. Mas, ao mesmo tempo, a "coisa" que parece mais distante de todos. Vê-se pessoas que passam a vida inteira procurando por isso... Algumas são sortudas por achar, outras não. Como já disse anteriormente, sempre falta alguma coisa. Ou seja, é difícil ser feliz.
Já parei para escutar as pessoas falando - acho interessante o jeito que pensam sobre situações diferentes - e as ouvi dizerem que a felicidade tem que partir de nós mesmos e se expandir aos outros. Será? Como diria a música: "é impossível ser feliz sozinho". Então, como podemos ter uma felicidade que venha de nosso interior sem ter alguém que nos faça felizes?
Acho que, para isso, existe a felicidade momentânea. Até porque existe uma enorme diferença entre estar feliz e ser feliz. E a felicidade de momento talvez seja a melhor de todas. Acordar com um sorriso no rosto por nenhum motivo concreto é uma das melhores sensações do mundo, acredite. Sorrir só por existir, ou por coisas simples como o vento batendo no seu rosto, é extraordinário. Quando isso me acontece, sempre fico "em off", em êxtase, desligada do resto do mundo e, como acontece raramente, fico mais preocupada em cuidar de mim do que dos outros. É tão bom sentir-se feliz pelo simples fato de estar vivo, de poder enxergar, de poder tocar, sentir. Parar de ficar em nosso estado normal é, no mínimo, algo que vai te tirar do tédio. Principalmente quando sua vida tem se resumido à lagrimas na madrugada, dar um sorriso é a coisa mais mágica que pode acontecer. Mas não vale qualquer sorriso, tem que ser o verdadeiro. Então, acho que a felicidade momentânea existe para que não tenhamos que precisar dos outros para sorrir, de vez em quando. Para que possamos nos bastar, pelo menos uma vez. Ou para que possamos enxergar a vida como nunca enxergamos, admirando só as coisas bonitas... Porque quando você está feliz por si mesmo, passa a observar e a dar valor às pequenas coisas, que, cá entre nós, são as mais belas.
Eu adoraria ser feliz todos os dias, acordar todos os dias com um sorriso enfeitando meus lábios e não deixar nada me abalar. Mas, se não houvesse tristeza e superação, acho que não teríamos motivo algum para sorrir depois de tudo. De que valeria um sorriso se ele fosse dado sempre? Acho que não teria um gostinho de "apesar de tudo, eu consegui sorrir". Não que a tristeza seja boa, mas estar feliz apenas por estar, em dias tristes, é a melhor sensação de vitória que podemos conseguir.
Às vezes temos tanta vontade de dar um sorriso e não conseguimos tal feito, que sou completamente a favor de que deveria existir uma lata de felicidade instantânea. Tipo macarrão instantâneo, sabe? Para todos terem a chance de serem (ou estarem) felizes por apenas um momento. Para todos poderem aprender o valor que tem um sorriso, para todos aprenderem que as tristezas e as lutas são compensadas quando percebemos que ainda podemos sorrir. Acredite, essa é uma das maiores vitórias da vida. Portanto, estique seus lábios e seu maxilar em um sorriso bonito agora, porque, com certeza, você merece isso.

terça-feira, 16 de março de 2010

Compreensão

Venho pensando já há algum tempo sobre como os seres humanos são idiotas. Otários, talvez. Todos eles... sem excessões. Me pergunto porque sempre é do mesmo jeito: queremos algo que não temos. Sempre falta alguma coisa. Pode ser apenas um lápis ou algo mais complexo, como o amor. Mas nunca estamos nos sentindo completos, a vida parece vazia. E isso acontece com todas as pessoas, acho. Às vezes sentimos falta até do que nunca obtivemos. Isso é estranho! Sentir saudades de um abraço que não tivemos, de um beijo que não sentimos... parece absurdo, mas acontece. Por que as pessoas são assim? Por que tudo que temos não pode nos bastar? Por que estamos querendo alcançar novas coisas? Porque as mesmas sempre ficam sem graça... Todos precisam de aventuras novas, amores novos, de agitação, enfim, de vida. Faz parte da psicologia humana.
Falando em psicologia, eu gostaria de entender o que se passa na cabeça das pessoas... Quer dizer, eu sou maluca para entender a mente humana. Vamos combinar, é incrível! As pessoas pensam coisas diferentes, inusitadas e fazer psicologia deve ser uma ótima maneira de se entender. Pois bem, como eu gostaria de me entender... De entender porque ainda penso em alguém que não me faz bem, de entender porque ainda quero algo que está completamente fora do meu alcance. Para que correr tantos riscos de sofrer? Para ter uma vida com adrenalina? Não, obrigada, prefiro viver de outro jeito. Por que o cérebro demora tanto pra entender quando precisamos esquecer alguém? Aaaaaah, a mente humana... Um dia eu serei capaz de entender.