sábado, 20 de março de 2010

"Do they?"

'Fairytales don't always have a happy ending, do they?'
Quando eu tinha cinco anos, meu sonho era viver um conto-de-fadas. Literalmente, eu sonhava com meu castelo envolto por campos floridos e lagos enfestados de golfinhos. Um dia, aparecia um príncipe em um cavalo branco que, mais tarde, se casaria comigo.
Sempre fui apaixonada por fantasias. O problema é quando essas fantasias se tornam objetivos reais. Qual a garota que nunca teve o sonho de encontrar seu príncipe encantado? Ou da fada madrinha transformá-la? Qualquer coisa...
Ao viver a vida, vamos percebendo que contos-de-fadas são histórias que, realmente, não podem acontecer no nosso cotidiano. Até porque a maneira que vivemos hoje é muito diferente da maneira com que eles viveram na época em que os contos foram escritos. Não existem castelos envoltos por campos floridos e lagos enfestados de golfinhos, não existe fada madrinha e, principalmente não existem príncipes. Cavalos brancos podem até ser reais, mas príncipes não.
Ao longo do tempo, nota-se que as pessoas são imperfeitas demais para serem príncipes ou princesas de contos-de-fadas. Não que imperfeição seja uma coisa ruim, quer dizer, se todos fossem perfeitos, a vida seria um verdadeiro lixo. Mas a maioria não possui a sensibilidade necessária para tornar uma história que nos parece surreal, real. Com o tempo, vamos nos magoando com as pessoas e, por mais que tenhamos pensado ser um príncipe, não era nada do que imaginávamos. Aí pensamos: "Foi melhor assim. Ainda não era a minha vez de ter uma história linda". Afinal, contos-de-fadas sempre tem um final feliz, certo? Certo. E isso é o que menos vemos ultimamente, finais felizes. Os que tem são os poucos privilegiados pela vida.
Acho que o problema, hoje em dia, é que talvez não consigamos abrir mão de coisas que pensamos, ou de coisas de nossa própria vida, para viver um amor, uma paixão, que seja. Não tentamos entender a cabeça do outro ou deixar de ser orgulhosa(o) pelo menos uma vez para tentar, por exemplo, acabar com uma briga. E outro ponto é que muitos casamentos tem acabado porque o casal não luta por ele; na primeira adversidade, quer pedir os papéis do divórcio. Para que casar então?
Casamento, amor e afins se tornaram coisas tão banalizadas, que tenho medo de pensar como será daqui a alguns anos.
Uma coisa é certa: príncipes não existem. Pode ter, em algum lugar - e acredito seriamente nessa hipótese -, alguém que esteja esperando para te fazer feliz. Mas, na história de vocês, sempre haverá brigas, desentendimentos, nem tudo será bonito. O que adiantaria se tudo fosse perfeito? Qual seria a graça se não tivéssemos que lutar para ter um final feliz? Talvez receber amor, carinho e compreensão compense todos esses erros dos dois... quem sabe? Aí talvez tenhas a chance de viver uma história tão linda quanto a dos contos-de-fadas, ainda mais bonita porque, a cada briga, o amor irá se renovando, então, finalmente poderemos saber se serás feliz para sempre.

4 comentários:

  1. amiga liiiiiinda, sério, esse blog ta mara!

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  2. golfinho em lago? HAHAHAHAHAHAHAHAHA ri alto! hihi, caô ninha, seu blog tá lindo, eu amo esses diálogos *-* beijos

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  3. querida ex aluna
    vc escreve muito bem fico feliz em ve-la assim tao linda!!!! bjs teacher Andreia ( Anglo)

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