sexta-feira, 19 de março de 2010

Entre estudos e reflexões

Tudo ao meu redor me inspira, me faz refletir. Tudo que está a minha volta é motivo para reflexões e críticas internas. Por exemplo, na quinta-feira, minha professora de História explicava o final da Idade Média, o feudalismo. Época em que a sociedade era dividida em nobres e não-nobres e, obviamente, os nobres eram privilegiados. Nobres eram os cleros, reis, parentes de reis e o resto das pessoas importantes. Não-nobres eram os trabalhadores urbanos, camponeses e servos (que talvez significassem a mesma coisa). Ela explicou também que, naquela época, as pessoas eram importantes se o berço delas foi nobre, se tinham sangue azul. E, mesmo assim, se quisessem mudar sua posição na sociedade, não poderiam. Porque, quem nasce sem sangue azul, infelizmente não pode fazer transfusão. O que me chamou mais atenção foi que, após essa discussão, ela enfatizou que, hoje em dia, não é mais assim. As pessoas são importantes pelo dinheiro que tem, podendo mudar facilmente de classe social. Mesmo assim, é pelo que elas tem, não pelo que são.
Outro ponto importante, eu percebi em minha aula de Artes, na terça-feira, onde minha professora falou sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade. Padrões esses que às vezes não tem nada a ver conosco (por exemplo: seios fartos não são características de brasileiras). E que as pessoas fazem qualquer coisa, passam por qualquer dor para ser do jeito que o resto impõe. Ou seja, a quantidade de loiras de cabelos alisados, com silicone e todas as outras coisas que foram feitas para bumbuns, bocas e mais o resto da face, é enorme. As pessoas praticamente se tornaram iguais...
Juntando essas duas coisas que, aparentemente, parecem nada ter a ver, eu lanço uma pergunta: É isso que realmente importa no ser humano?
Quer dizer, o que as pessoas tem vão dizer o que elas são? No meu ponto de vista, não é bem assim. Uma das coisas mais bonitas em qualquer pessoa é o caráter. Mas quem liga para caráter hoje? Se for um rostinho bonito, ok, estamos aí. Não vou ser hipócrita e dizer que beleza não conta, porque conta, mas a humanidade fez com que ela contasse demais e o que a pessoa realmente é, não valesse nada. É absurdo o modo como algumas pessoas ainda são tratadas com inferioridade. "Estamos no século XXI" também vale para isso. Estamos numa sociedade que tem tipos de pessoas diferentes, afinal, a miscigenação aconteceu, e que todas deveriam ser respeitadas independente da beleza ou classe social. Não é o dinheiro que vai caracterizar o caráter de alguém, muito pelo contrário!
Sinceramente, existem pessoas que são bonitas pelo que elas são por dentro. Podem até serem bonitas por fora, mas o interior é tão belo que conta muito mais. É lógico que todos querem usar e abusar das maquiagens, até sou a favor disso, e todos querem ser bem sucedidos em suas profissões. Ótimo. Muito bom mesmo, meus parabéns a vocês! Mas nunca se esqueça dessas pessoas que estão trabalhando para colher os legumes e verduras que você come, para fazer os sucos que você bebe. Elas podem valer muito mais do que o integrante do Big Brother Brasil que ganhou um milhão e meio. E aí? Ele(a) é lindo(a), gato(a) e maravilhoso(a)? Pergunto de novo, e aí? Às vezes não tem caráter nenhum, não tem personalidade própria e não sabe batalhar pelo que quer... Nada contra o BBB, nada contra pessoas ricas, nada contra ninguém específico. É apenas um exemplo, só para relembrar.
Se ao final de tudo, você estiver pensando "ah, isso é papo de gente feia e pobre", tudo que eu tenho pra te dizer é: desculpe-me se eu dou valor às pessoas e se eu ligo para o que há de mais bonito nelas.
(Revoltei? hihi)

Um comentário:

  1. Amei!!
    O ser humano é o bem mais precioso. Não existe relação humana se não existirem as pessoas. Como seria viver sem amigos: amigo-mãe, amigo-irmão, amigo-prima, amigo-tia, amigo-amigo?
    Siga pela vida buscando o tesouro certo. Olhe sempre além das aparências...bjs

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