sábado, 23 de julho de 2011

Não adiantava nem tentar,

pois pensar e fazer qualquer coisa já estavam fora de seu alcance. Como pensar daquele jeito? Com aquela ansiedade? Impossível. A coisa mais normal que conseguiu fazer foi suspirar e sentir seu coração acelerado - daquele jeito que só ele deixava.
A porta da sala de desembarque parecia não se abrir nunca. E, quando se abria, não o revelava. Na televisão do aeroporto aparecia que seu avião estava pousando. Mas ele pousava há mais de quinze minutos! Que calor. Que ansiedade. Que vontade de sair correndo e pedir para o trazerem logo pra ela.
Abriu. Ela o avistou indo pegar suas malas. Sorriu, ele não a viu. Ficou o observando por muito tempo; queria que ele a abraçasse logo. De repente, foi se aproximando e olhou-a. Sorriram, juntos. É, ela não precisava de mais nada. Chegou ainda mais perto e a abraçou, aquele abraço que ela sonhava desde o dia em que foi embora, aquele abraço que ela desejava mais a cada segundo, aquele abraço que faria o mundo inteiro não importar mais.
E quem disse que agora importava? Não importava. Ela. Ele. Ela e ele. Só os dois. O resto do mundo estava fora daquilo, fora daqueles beijos, dos toques. O resto do mundo era somente o resto do mundo. E o amor... ah, aquele amor no olhar! Que saudades ela sentiu daquele amor. (...)

- Te amo! - disse-lhe.
- Eu também te amo. Muito.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Perto.

Música. Silêncio. Sorriso. Abraço. Beijo. Toque. Lembranças. Risos. Férias...
Mas, de verdade, não importa em que tempo esteja: férias ou provas, frio ou calor, sol ou chuva. Tudo e absolutamente tudo me remete a você. Sempre. A cada segundo. E a saudade que aperta, às vezes, brinca, afrouxando-se, mas por pouco tempo, porque logo volta a me apertar. Então eu sorrio. Apenas por saber que falta pouco para que ela me deixe de vez. Me largue e, ao invés de me fazer chorar, me faça sorrir. Porque aí a saudade será em um intervalo de tempo muito menor: umas doze horas no máximo. Não mais cinco meses.
Perto. Não mais distante. E o perto que eu gosto é tão perto que não sobra espaço. Colado. Agarrado. Não são mais dois. Um só. Por isso, a alegria faz-se presente todos os dias. E invade, preenche. Preenche justamente aquele espaço que faltava, aquele que eu deixei e sempre deixarei guardado pra você.