quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pensamentos e emoções

"(...) Desde o passado remoto até o futuro desconhecido, minha mente fica pulando a esmo pelo tempo, tendo dúzias de ideias por minuto, descontrolada e sem disciplina. Isso, em si, não é necessariamente um problema; o problema é o apego emocional que acompanha o pensamento. Pensamentos felizes me tornam feliz, mas - vupt! - com que rapidez torno a me prender a preocupações obsessivas, estragando a felicidade; e então basta a lembrança de um momento de raiva para eu começar a ficar exaltada e brava de novo; e então minha mente decide que aquela pode ser uma boa hora para começar a sentir pena da si mesma, e a solidão não demora a chegar. Afinal de contas, você é o que você pensa. As suas emoções são escravas dos seus pensamentos, e você é escravo de suas emoções." (Elizabeth Gilbert, "Comer rezar amar", pág. 140)

Acho sinceramente que eu deveria estar recorrendo a um livro de auto-ajuda agora. Não, brincadeira, acho esses livros um verdadeiro saco (me desculpem escritores desse tipo de livro e leitores dele). É lógico que qualquer um gostaria de saber o que fazer na hora certa, mas nem sempre o certo pra um é certo para você. Por exemplo, se algum livro de auto-ajuda dissesse que quando você acha que tem um problema que não dá para resolver, deveria se jogar de uma ponte, você seguiria isso? Acho que não... Mas esse não é nem o fato. O "divertido" em resolver problemas é achar o seu modo de resolvê-los.
Mas e quando não se tem modos? Precisa-se apenas esperar?
Dizem que o tempo é o curador de todos os problemas, por isso muitas pessoas o usam quando não arranjam mais o que fazer. O problema é que nem sempre esperar é agradável. Quer dizer, se enquanto se espera, ficam passando cenas do tal fato em sua cabeça e sempre te fazem chorar, um dia isso cansará. E o que fazer depois de cansar? Eu gostaria de ter essa resposta...
Como o texto acima disse, somos escravos de nossas emoções que são escravas de nosso pensamento. E, com problemas, é normal que os pensamentos não sejam os melhores. Então nossas emoções não serão as melhores nesse tempo de espera que precisaremos.
Às vezes, é um pouco impossível dar um sorriso verdadeiro nesses casos, ainda mais por um motivo tão pequeno quanto "estou vivo, vou sorrir." E esse motivo parece ainda menor em relação àquele poço de tristeza em que estamos nos afundando. E, novamente, a felicidade parece tão distante que nem uma lata de felicidade instantânea ajudaria. Talvez essa seja a hora para nos conhecermos melhor, a hora para entrarmos em contato com nós mesmos e procurar lá no fundo um motivo maior para sorrir. Mas, se esse contato não for possível, a tristeza continuará invadindo, ainda mais quando somos forçados a lembrar de tudo, a reviver cada momento. Ainda mais quando nos obrigam a cogitar tudo que aconteceria se tivéssemos feito diferente. E aí resolvemos brigar com nós mesmos quando a culpa não foi nossa.
Isso só nos faz ficar ainda mais tristes, confusos, irritados ou até com raiva. Não ajuda em nada. E começamos a reparar nas músicas que ouvimos, nas roupas que vestimos, em tudo a nossa volta, começamos a reparar em como tudo te lembra daquele momento, daquela pessoa, como tudo fica tão vazio sem ela. Seus domingos não são mais os mesmos sem ela para conversar... Nos vemos numa situação que só se pode pensar: "E agora, o que eu faço?" Chora... mas chora muito. Chora, porque você pode chorar em um dia e no outro estar melhor. Ou não, ou você passará dias chorando até que essa lembrança se apague, ou que fique tão distante que você não se lembre mais dos detalhes, ou até que pareça uma realidade tão longe de ti que chega a ser feliz. E aí você se lembra disso com carinho... Talvez seja aí que tudo fique bem.
Mas, para tudo isso acontecer, precisamos esperar... E a espera traz pensamentos, emoções, lembranças. Um dia, o tempo irá curar. Porém, quanto tempo precisaremos esperar até isso acontecer? Quantas coisas precisaremos reviver e sofrer até conseguir sorrir de novo?
Eu não sei...
Enquanto não acontece, o que me resta é pedir perdão pela falta de inspiração para escrever e pela falta de ânimo que está me cercando. A minha espera pode ser longa, ou não. Mas peço a vocês, urgentemente, que esperem por mim.

3 comentários:

  1. Não quero ter uma lata de felicidade instântanea para te oferecer, mas um abraço caloroso, um ombro ou um colo amigo. Se pudesse faria uma faxina em seu coração e mente, deixaria somente os momentos felizes, engraçados, bizarros. Mas, com certeza, eu retardaria seu "crescimento". Então, peço a DEUS que você aprenda no menor tempo possível o quê necessita aprender e passe para a próxima lição. Mas peço principalmente para você ser feliz...muito feliz. Te amo! Estou sempre ao seu lado.

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  2. Estarei sempre esperando por você ninha, leve o tempo que for, eu vou estar aqui. :)

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  3. Cara, vou resumir o que eu escrevi a pouco aqui mas eu fiz questão de apagar sem querer!
    Falta de inspiração? porque você sempre tem que falar disso? Depois de escrever mais de 50 linhas (sim, eu contei)! poupe-me! Vou falar como sua leitora, fã dos seus textos e não como amiga.. alias, puxando um pouquinho de saco como amiga, hauahuaha, caô!
    Caaara, é muito bom ler seus textos, sejam sobre tristeza, alias, falta de felicidade, nesse caso, ou seja sobre coisas lindas felizes e cooloridas! o que mais me encanta nos seus textos é a sinceriade aparente em cada palavra! então não venha com essa de se desculpar pela falta de animo ou inspiraçao, porque seus textos são graças a sentimentos e ninguem vive só de sentimentos bons e agradaveis, se seu blog fosse só de finais felizes não teria graça! gosto de pensar com seus textos, sem caô!
    Agora como amiga! Caaaaaaara, ELA É MINHA AMIGA TÁ? essa coisa linda que escreve essas coisas linda é minha amiga e eu amo ela! hauahuahauhauaha, enrolei, falei, falei e não disse nada!! hauahuahuaha, enfim.. não sou você, então não queria que eu saiba me expressar tão bem como você escrevendo, hahaha, n tenho seu dom! beijos, miga

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