sábado, 31 de dezembro de 2011

Dois pés em 2012

Eu, geralmente, vou de um extremo a outro: ou gosto muito de finais de ano, ou não gosto nem um pouco. Mas esse ano encontrei um meio termo. Minha nostalgia foi incrivelmente boa, mas não me deu vontade de voltar até ela, talvez por saber que a reviverei no próximo ano. É, talvez.
De qualquer forma, finais de ano me remetem as lembranças. Boas ou ruins. Risonhas ou tristes. Porém esse ano elas foram felizes até demais. Esse ano pode ser denominado com certeza de saudade, mas apesar das idas e vindas, das perdas e ganhos, foi bom. Aproximei-me ainda mais dos verdadeiros e afastei-me dos que não eram tanto assim. Fui redescobrindo algumas amizades e conquistando outras que certamente durarão muito.
Sempre desejamos momentos mais felizes, paz, saúde, sucesso e harmonia para o novo ano. Eu desejo tudo isso e também muito amor. Mas que, se os momentos tristes vierem, sempre sirvam para fazer com que amadureçamos, com que cresçamos. E desejo também que em 2012 possamos fazer um mundo cada vez mais unido; que aprendamos a ver o lado bom de todas as coisas, por mais que elas pareçam não tê-lo.
Eu quero muitas saudades e, novamente, muitos reencontros. Quero muitas chegadas. E quero, acima de tudo, felicidade. Seja ela momentânea ou duradoura. Seja ela com família, amigos ou com amor. Só felicidade... Que 2012 se inunde de felicidade e que ela transborde no rosto de cada um.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Saudade

Saudade é quando a gente não sabe o que fazer diante do vazio e das lembranças que ficaram. É quando desejamos que tudo seja real e é apenas um sonho, ou memórias. É quando a vontade de estar junto se faz tão necessária que agarramos o travesseiro pensando ser alguém. Saudade é estar aqui com vontade de estar lá; e é, todos os dias, querer que o tempo passe mais rápido para que todos os desejos virem realidade.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Amor

"Essa necessidade de felicidade com o outro é um dos sentimentos mais bonitos do mundo e pode - deve, talvez - ser chamado de amor. O cuidado, o carinho... tudo isso é amor.

Até o ciúme quando não é loucura, é amor. Até a loucura saudável, borboletas no estômago, coração acelerado, pernas bambas e olhos brilhando são amor.

E o amor é tão lindo... mesmo com todas as coisas que o envolvem. Ele é tão lindo, mesmo sabendo que rima com dor; que, por vezes, realmente dói, machuca, massacra. Ele é lindo simplesmente porque, quando existe, olhos nos olhos já dizem tudo que a própria boca é incapaz de falar; porque corações acelerados em sintonia são a melodia mais bonita que pode ser tocada a dois."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E que o pra sempre...

E o vento vai levando tudo embora...

Essa frase me fez refletir imensamente sobre o "para sempre". Na verdade, essa reflexão faz parte de mim há muito tempo. Demorou um pouco para perceber que essas duas palavras são usadas com sentidos completamente diferentes por cada pessoa. Elas podem significar cinquenta anos, um ano, seis meses, duas semanas ou apenas um dia. "Para sempre" é o que temos vontade de alcançar com determinada pessoa, mas é um tempo, na maioria das vezes, inalcançável.
Não que eu tenha dúvidas da eternidade do verdadeiro amor, seja de amizades ou da própria relação afetiva. Porém o termo é banalizado e ninguém consegue medi-lo verdadeiramente quando o diz. Algo só é para sempre quando é eterno. E para ser eterno precisa durar a vida inteira.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Outra metade

Eu o procurei em rostos por todas as partes: ruas, esquinas, todo lugar que meu olhar pudesse alcançar. Eu o sentia a cada passo e a cada respiração; tinha cada vez mais certeza de sua proximidade. A cada batida do meu coração, algo me dizia que ele estava mais perto, esperando por mim também.
Eu não o conhecia, mas ele me possuía desde que eu descobri que as pessoas tem sua metade em outro alguém; desde que eu descobri que duas pessoas podem encaixar-se perfeitamente.
Eu não sabia como era seu rosto, mas o via em meus sonhos; eu nunca havia o tocado, só imaginado; não tinha sentido seu cheiro, mas sabia exatamente seu perfume.
Tinha certeza de que seu coração batia junto com o meu e que quanto mais acelerado ele estivesse, mais o vazio diminuía. A distância aos poucos se encurtava e isso parecia evidente para mim, pois uma felicidade ia dominando-me gradualmente.
Porém agora parecia mais certo do que nunca: ele estava parado ali, na minha frente, olhando-me como se já me conhecesse a vida inteira. O meu sonho chamando-me para sonhar com ele. Estendia-me a mão como se quisesse me transportar para o seu mundo. E eu queria ir... deixei-me levar, deixei-me beijar, deixei-me amar.
E, olhando em seus olhos, eu finalmente percebi que o amava antes mesmo de saber o que é o amor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

01/12/2009

"Você é como uma canção que eu quero ouvir outra vez, eu sei que meu lugar é aqui do seu lado. Uma canção que eu quero continuar ouvindo em todos os dias da minha vida, sempre que for possível. Uma canção que eu quero que embale os meus sonhos e todos os momentos bons que eu tiver pra viver. E o meu lugar é ao lado dessa felicidade, desses momentos que sempre me levam a pensar numa única pessoa."

sábado, 3 de setembro de 2011

Às vezes

Quando eu penso nessas duas palavras - às vezes -, penso que poderia dizer tanta coisa com elas. Como: às vezes eu mudo de humor facilmente; às vezes eu queria estar rodeada de pessoas e às vezes, sozinha; às vezes eu queria poder fazer algo para mudar o mundo; às vezes eu sinto vontade de gritar; às vezes eu quero mais é ficar em silêncio; às vezes eu preciso dar um sorriso verdadeiro, mas, às vezes, tudo que eu consigo são lágrimas carregadas de saudade; às vezes eu dou gargalhadas... Às vezes... Eu poderia continuar uma lista sem fim, mas há o fundamental agora: às vezes eu queria estar em outro lugar, vivendo experiências diferentes para ter o que contar. E, com frequência, eu sei exatamente onde gostaria de estar, sobre o que gostaria de falar...
Tenho tanto a dizer e nunca digo nada. Por quê? Acho que toda essa falta de inspiração a que me refiro sempre que me perguntam por que não escrevo mais é, na verdade, para camuflar que talvez eu tenha perdido o jeito. Ou talvez seja mais uma fase. Mas é que vir aqui e não ver nada me dá uma agonia imensa, uma vontade de escrever qualquer coisa, por mais que seja uma bobagem. Porém logo não quero mais fazê-lo, pois se fosse para escrever bobagens, isso aqui estaria cheio todos os dias.
O fato é que faz tempo que não vem diálogos a minha cabeça enquanto tomo banho, ou enquanto me arrumo, ou até enquanto vejo televisão. E quando me sento para tentar produzi-los, eles parecem tão fora do meu alcance como se eu tivesse que me esticar muito para pegá-los e não conseguisse. Não sei... as palavras parecem tão distantes de mim agora que o que me restou foi escrever sobre essa falta de alguma coisa que infelizmente eu não sei o que é.

Desabafei.

sábado, 23 de julho de 2011

Não adiantava nem tentar,

pois pensar e fazer qualquer coisa já estavam fora de seu alcance. Como pensar daquele jeito? Com aquela ansiedade? Impossível. A coisa mais normal que conseguiu fazer foi suspirar e sentir seu coração acelerado - daquele jeito que só ele deixava.
A porta da sala de desembarque parecia não se abrir nunca. E, quando se abria, não o revelava. Na televisão do aeroporto aparecia que seu avião estava pousando. Mas ele pousava há mais de quinze minutos! Que calor. Que ansiedade. Que vontade de sair correndo e pedir para o trazerem logo pra ela.
Abriu. Ela o avistou indo pegar suas malas. Sorriu, ele não a viu. Ficou o observando por muito tempo; queria que ele a abraçasse logo. De repente, foi se aproximando e olhou-a. Sorriram, juntos. É, ela não precisava de mais nada. Chegou ainda mais perto e a abraçou, aquele abraço que ela sonhava desde o dia em que foi embora, aquele abraço que ela desejava mais a cada segundo, aquele abraço que faria o mundo inteiro não importar mais.
E quem disse que agora importava? Não importava. Ela. Ele. Ela e ele. Só os dois. O resto do mundo estava fora daquilo, fora daqueles beijos, dos toques. O resto do mundo era somente o resto do mundo. E o amor... ah, aquele amor no olhar! Que saudades ela sentiu daquele amor. (...)

- Te amo! - disse-lhe.
- Eu também te amo. Muito.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Perto.

Música. Silêncio. Sorriso. Abraço. Beijo. Toque. Lembranças. Risos. Férias...
Mas, de verdade, não importa em que tempo esteja: férias ou provas, frio ou calor, sol ou chuva. Tudo e absolutamente tudo me remete a você. Sempre. A cada segundo. E a saudade que aperta, às vezes, brinca, afrouxando-se, mas por pouco tempo, porque logo volta a me apertar. Então eu sorrio. Apenas por saber que falta pouco para que ela me deixe de vez. Me largue e, ao invés de me fazer chorar, me faça sorrir. Porque aí a saudade será em um intervalo de tempo muito menor: umas doze horas no máximo. Não mais cinco meses.
Perto. Não mais distante. E o perto que eu gosto é tão perto que não sobra espaço. Colado. Agarrado. Não são mais dois. Um só. Por isso, a alegria faz-se presente todos os dias. E invade, preenche. Preenche justamente aquele espaço que faltava, aquele que eu deixei e sempre deixarei guardado pra você.

sábado, 14 de maio de 2011

Medos

- Ah, e antes que eu me esqueça, nunca me passou pela cabeça te pedir perdão - a voz dele ecoou novamente em sua mente.

Por mais que o tempo passe, sempre existem coisas que ninguém esquece. Essa frase era uma delas, ainda mais porque toda vez que ouvia Frejat cantando exatamente esse trecho, chorava, sem saber ao certo porque aquela frase tinha sido dita. Afinal, o que ela mais precisava vindo dele era isso: o pedido de perdão.
Do outro lado da moeda estava ele que havia pronunciado a tal frase assim como um impulso. E se arrependia - ah! como se arrependia... Foi tudo por medo. E o que mais desejava fazer era pedir perdão.
Mas sabe por que o medo? Ele gostaria que ela soubesse... Foi medo de amar. Medo de ser feliz. De ser dependente do outro. Medo do vício, das sensações. Medo do sentimento nunca provado antes. Medo de se arriscar, de se entregar completamente por algo tão incerto. Sim, porque o amor é incerto... Nunca se sabe quando o outro pode decepcionar-se tanto que passe a não te amar mais ou, pior, amar outro. Medo dessa loucura, inconsequência. Medo também das consequências. Medo de falhar, de entristecer. Medo de não saber amar. Medo de prender-se tanto em outra pessoa e não ver mais como desvencilhar-se. Medo de perder a identidade por não existir mais "eu" sem o "outro". Medo de não saber o que fazer, o que dizer. Medo de ver sua felicidade ligada a algo tão abstrato. E que, por ser abstrato, não sabe-se ao certo o que é. Medo de ver sua felicidade e de, algum tempo depois, notar que ela é apenas uma miragem. Medo de chorar. Medo da dor. Medo, até mesmo, dos carinhos, pois eles podiam gerar vícios. E como se livrar da necessidade depois do amor não existir mais? Medo de ficar enfeitiçado por um sorriso. Medo do olhar. Medo da falta de lucidez.
Ela compartilhava de todos esses medos, mas a diferença é que, por querer sentir o amor dele, quis encarar, enfrentar e lutar com todos os medos, cara a cara. E ele não permitiu-se encarar; escondeu-se. Por isso precisava tanto pedir perdão: queria, com toda a sinceridade, amá-la.

Dim dom - fez a campainha.
Uma caixa em formato de coração.
Pegou-a, estava vazia. Vazia não, quase vazia. Havia uma carta, escrita por alguém cuja a letra era muito familiar. Ela fixou os olhos nela.
"Era mentira. Todos esses meses a minha única vontade foi te pedir perdão. Perdão por ter tido medo, perdão por não saber amar, perdão por fugir da minha felicidade que é e sempre foi você. Dizer que isso nunca tinha me passado pela cabeça foi apenas uma forma de esquivar-me do amor e, consequentemente, dos meus medos. Porém o sofrimento longe de você é muito maior do que qualquer coisa que eu possa enfrentar estando contigo; até porque, com você, enfrentaremos juntos. Essa tristeza da distância me faz querer lutar, a cada dia mais, pela nossa felicidade e me faz querer entrelaçar sua felicidade com a minha para o resto da vida. Sabe por que a caixa de coração está vazia? Porque, mesmo depois de todo esse tempo, meu coração ainda pertence a você. E ele está com você desde o dia em que te conheci. Foi a coisa mais sensata que fiz: por mais que tivesse medo, entreguei o meu coração mesmo sem querer para você. Porém isso nos deixou ligados pro resto da minha vida, pois não aceito devolução. Agradeço a um dos únicos momentos de loucura que tive enquanto estivemos juntos.
Eu desejo passar mais infinitos momentos de loucura e insensatez ao seu lado. De felicidade. De tristeza. De insanidade. De dependência. De vício. Mas, principalmente, de amor.
O meu maior medo era que a minha felicidade pertencesse a você. Mal sabia eu que já pertencia, antes mesmo de me dar conta de que existiam tantos medos."

(Uma OBS importante: Não. Eu não tenho todos esses medos. Meus medos são bem diferentes. Não tenho medo de amar, e não tenho medo do amor. Talvez seja insegura, tenha outros tipos de medo. Esse texto não é baseado em mim. É baseado nas pessoas - que são muitas - que tem medo de amar, e medo de se abrir pra esse sentimento tão lindo. Na verdade, esse texto foi inspirado exclusivamente em um texto (lindo, por sinal) que li há poucos dias, mas que abrangia o medo do amor e, assim, a repulsa a ele. É isso, só pra esclarecer.)

sábado, 30 de abril de 2011

Dois.

Um:
- Você me ama?
- Amo.
- Então fica comigo para sempre?
- Não... Para sempre é pouco diante do tempo que eu quero passar ao seu lado...
Silêncio.
- Casa comigo?
- Caso.


Dois:
- Amor...
- Tô com saudade...
- Eu também.
- Mas o que você ia dizer?
- Exatamente isso.
- Então pode falar, eu não me incomodo.
- Eu tô com muita saudade.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu amo você

Sem ser preciso entender
Eu amo você
Sem por que, sem pra que
Eu amo você
E disso não posso correr
Eu amo você
E o tamanho desse amor
Não tenho como saber
Eu amo você
Com todo o meu ser
Eu amo você

segunda-feira, 11 de abril de 2011

À pedidos

Tecnologia: a superficialidade e a ausência do outro

A tecnologia é de grande ajuda nos relacionamentos atuais, tanto amorosos quanto de amizade, pois facilita - e muito! - a comunicação entre as pessoas. Mas, é possível que esse tipo de relação não seja superficial? E, mais ainda, que supra a solidão? Os aparelhos eletrônicos apenas disfarçam a solidão, porém ela mesma só pode ser resolvida com a presença do outro.
É comum notar que, nas redes sociais, os usuários tenham mais de duzentos - chegando, às vezes, a novecentos ou mais - "amigos" adicionados. Mas, se parar para analisar, o número de pessoas com quem esse indivíduo conversa frequentemente mal chega a quinze. Mesmo assim, os relacionamentos se tornaram tão superficiais que chama-se de amigo aquele com quem se falou uma vez na vida.
Outro ponto cada vez mais comum são os relacionamentos à distância, baseados única e exclusivamente na tecnologia. Ela se torna essencial a eles mas, em momento algum, substitui a presença (física) do outro. Através de aparelhos eletrônicos não é possível analisar as reações do próximo ou saber o que ele está pensando apenas pelo olhar. O toque ainda não foi permitido pela tecnologia e é nesse momento que a solidão se faz presente: na falta de um abraço, um beijo, um sorriso sincero.
Portanto, as redes sociais e os celulares fortalecem a cada dia mais a comunicação mas, quando se trata de solidão, somente auxiliam a disfarçá-la ou se tornam meios de revelar ao outro que precisa-se de sua presença. Ausência não resolve solidão.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Filosofando...

Um debate ocorrido hoje me fez pensar. E como eu estava de um lado que talvez realmente não fosse a minha posição, gostaria de deixar claro ou, pelo menos, subentendido, o meu lado da história.

Tratando-se da relação sentimento e razão, no meu caso o sentimento sempre se sobrepõe, não me deixando ser imparcial nunca. Porém a relação é entre sentido e razão para a produção - repito: pro-du-ção - de conhecimento.
Pensar com racionalidade é um termo um pouco redundante, pois quando se age pela emoção, pouco se pensa.
Racionalismo é a forma de gerar conhecimento a partir do uso da razão. Porém, não nego que os sentidos são imprescindíveis para que o questionamento surja e assim termos esse desejo de descobrir as coisas. Mas a verdadeira decodificação de tudo é dada através da razão. Por que conseguimos identificar que dois objetos são realmente dois na realidade ou em um sonho? Porque a matemática é puro uso da razão. Por que identificamos um quadrado? Porque possui quatro lados e geometria é puro uso da razão.
Os sentidos nos enganam sim, mas em situações extremas como quando estamos alucinados ou com problemas de visão. Fora isso, eles são essenciais para que possamos sentir e, assim, nos questionar e descobrir todas as coisas. Conhecer todas as coisas. Eles são, pura e simplesmente, a fonte de conhecimento.
Usando e abusando de exemplos já dados, quando um professor passa uma informação através da audição, o sentido está sendo usado para que o conhecimento obtido pela razão possa chegar até o aluno. É o meio de transmissão, e não o conhecimento em si.
Aprofundando um pouco mais, os sentidos não se limitam em apenas visão, audição, paladar, tato e olfato, dentro dos sentidos encontram-se os sentimentos mais variados, como saudade, amor, amizade (que "é um amor que nunca morre"), que não são influenciados pela razão. Não. Eles são apenas sentidos pelas pessoas. E nós não os conhecemos, consequentemente, visto que cada pessoa sente de um jeito diferente. Mesmo assim, pensando um pouco, conseguimos reconhecer cada sentimento pela diferença gritante em que os sentimos mas também através da razão, que consegue distinguir, por exemplo, amor de saudade. Ou amizade de vontade. Enfim... No entanto, ainda não saberíamos definir tais sentimentos, tendo em vista que a razão não os influi, apenas os diferencia.
Concluo que sentidos e razão são essenciais para que se possa obter conhecimento das coisas, pessoas, de tudo a nossa volta... Mas que não é possível conhecer apenas através dos sentidos, mas sim da razão e que, por conta disso, os sentimentos não são totalmente conhecidos por nós, já que para cada pessoa eles aparecem de um jeito diferente.

(Deixo BEM claro que é a minha opinião. E que esse post é dedicado à Elisa, pois eu até gosto um pouquinho dela...)

sábado, 2 de abril de 2011

Escrever é tudo.

E, se eu pudesse, dedicaria a minha vida inteira só a isso... Porque sem a escrita eu não vivo mais. Às vezes é tão bom poder colocar em um papel aquilo que está lá no fundo da alma e que é impossível de ser proclamado através da fala, né? É necessário, é vital. E eu me agarrei tanto a essa paixão (que, com certeza, é uma das maiores da minha vida) que viver sem ela parece-me impossível.

Especialmente para Marcele Cambeses.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

8

Dizer sempre as mesmas coisas, desejar sempre a mesma felicidade ficou muito previsível. Expressar o amor também. O que fazer então? Não há uma resposta concreta, mas esses votos insistentes que cismam em sair da minha boca todo o dia primeiro de algum mês são, certamente, o que eu tenho de mais sincero para desejar; a multiplicação desses meses para sua transformação em anos é o desejo mais profundo do meu coração; e a vontade de que o amor sempre permaneça e prevaleça diante de todas as coisas é a mais pura de todo o meu ser.
Portanto, passem dias, meses ou anos, a necessidade de desejar que tudo sempre dê certo e que a felicidade sempre reine será a mesma. Mesmo assim, a cada dia que passa, tenho mais vontade de expressar esses desejos, para nunca me esquecer deles e para ter certeza de que, passe o tempo que for, o amor não muda. Aliás, só aumenta.

(Feliz oito meses, meu amor. E que o amor sempre nos baste.)

domingo, 27 de março de 2011

"A medida do amor é amar sem medida"

Existe, em química, a capacidade de doar elétrons; em física, a capacidade térmica; no coração, a capacidade de amar que, diferente de todas as outras, não tem um número específico para medi-la, é, somente, infinita.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vamos apagar as velinhas!

Hoje faço um ano de "Girassóis Brilhantes", um ano de amor a esse cantinho, um ano de mais conhecimento a respeito de mim, um ano de vida nova; um ano de ainda mais paixão pela escrita.
E não sei dizer como essa paixão começou, nem porque, mas esse blog a fez florescer e por mais que a inspiração não me venha todos os dias, eu sou apaixonada pelo que faço. Pois aqui posso ser eu mesma sem ter medo de errar ou de me expor demais, pois aqui eu faço o que mais gosto na vida e ainda sou elogiada pelo meu desempenho.
Esse lugar acabou, aos poucos, se tornando minha vida, se tornando não só parte de mim, mas o meu eu inteiro, tudo que eu penso, que eu sinto. E não há nada como saber descrever sentimentos, emoções, sonhos... Tudo o que eu mais amo está aqui: amizade, família, amor, emoções e muito mais que, juntos, formariam o que eu acho de "eu". Cada pedacinho do que está escrito (ou descrito aqui) se junta e me forma, assim como um quebra-cabeça. E me ver exposta desse jeito me assusta um pouco, mas também me alegra, porque assim também descubro quem sou eu.
A velinha que apagarei hoje possui apenas o número um, que, com certeza, será substituído por outros ao longo dos tempos e, daqui a pouco, já estará até com uma dezena. Então, que esse número um represente apenas o começo, e que se possa sempre acrescentar mais um "um" a ele. Como diz o poeta, 'que seja eterno enquanto dure'.
Obrigada a todos que estão comigo e com ele - o blog - desde o começo e que, com certeza, continuarão conosco em busca de mais números. O meu desejo é que eu possa continuar me encantando com o mundo e que, nós dois, possamos passar esse encantamento a cada vez mais pessoas.

sábado, 5 de março de 2011

Mente

"Mente é o sufixo mais usado quando se pensa em advérbios de modo. Assim, uso e abuso do título MENTE como forma de expressar minha paixão pela Língua Portuguesa. Mas, também, para fazer referência à mente: a cabeça e seus pensamentos. Ou até ao próprio coração, já que está tudo interligado mesmo. Portanto, digo que me expressarei loucamente, exageradamente e descontroladamente. E espero que, com isso, possa me divertir e me descobrir profundamente."
http://adverbiodemodo.tumblr.com/

Não é um abandono, de modo algum. É apenas porque lá o espaço para eu postar trechos sobre o meu humor é um pouco mais aberto. Aqui me sinto feliz ao postar textos grandes, significativos e lá apenas trechinhos de alguns textos e algumas músicas, às vezes sem a minha autoria (na maioria das vezes). Sendo sincera, é para eu ter algo a fazer enquanto a inspiração para coisas maiores não vem, pois fico muito triste quando não consigo pensar. É claro e óbvio que prefiro aqui, porque posso obter comentários e críticas construtivas e aqui também já tenho abertura pra escrever o que eu quiser e quando bem entender, porém é só uma saída enquanto não encontro outra saída...
Ao longo dos dias, a saudade bate em mim. E como quase toda pessoa normal, recorro a músicas ou poesias para ver se me identifico e se isso me deixa um pouco melhor. Às vezes funciona. Às vezes não. Mas, a maior parte das vezes, algo na letra de uma canção me toca. E, quase sempre, tenho vontade de compartilhar meu conforto com alguém mas acabo ficando com receio de incomodar, então uso esse outro local como um terceiro refúgio (tendo como primeiro o meu blog fechado e, como segundo, aqui). Não me levem a mal, por favor. Sou incapaz de abandonar meu lugar de paz, ainda mais porque daqui a onze dias completarei um ano de felicidade com ele.
Obrigada pela compreensão.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sempre valerá a pena te esperar.

Para o novo ano, desejei "saudades e reencontros". Muito bem, eis que revelarei: houve um reencontro. Não só um, mas, com certeza, esse foi o mais importante pra ela. Houve saudade também, porém não foi nada se comparada ao prazer de estar junto.

Ela nunca tivera um namorado. Ela não sabia o que era ser amada de verdade. Ela não sabia o que era agir como namorada, andar de mãos dadas como namorada. Ela sonhava com isso. Na verdade, o maior sonho dela era reencontrá-lo e poder dizer tudo cara a cara.
Ela não sabia como era um beijo com amor. Ela teve a oportunidade de sentir um abraço com paixão mas, com amor, nunca. E, surpresa: ela descobriu tudo isso.
E nunca amou tanto uma descoberta. Nunca quis tanto descobrir como quis ali. E sentiu na pele o amor, em cada toque, cada beijo, cada palavra, cada olhar. Pôde não só sentir como ver o amor e isso foi uma das coisas que mais a encantou. Descobriu ainda que o ama muito mais do que sequer imaginava e que o amor dos dois é algo realmente capaz de superar qualquer distância ou qualquer obstáculo.
Foi para lá com um objetivo e conquistou-o: conseguiu fazer com que cada segundo fosse inesquecível. E era tudo tão bom e tão real que não parava de sorrir por nada. Olhava para ele, ouvia seu coração e tudo que podia se deixar fazer era sorrir. O que mais poderia? Só isso conseguiria expressar a felicidade.
Felicidade... essa foi sua palavra durante toda a estadia. Outra coisa que não sabia era que poderia ser tão feliz, ou melhor, que poderia se permitir ser tão feliz. E essa foi outra coisa que ela também descobriu: deixar que outra pessoa te faça mais feliz do que nunca não é uma ideia nada ruim. A felicidade estava tão perto que podia ser tocada. Sim, ela possuía nome, sobrenome e endereço. E estava ali, todinha para ela. Era dela. E, principalmente, estava com ela.
E, quando chegou a hora, ela não o deixou, não. Não o abandonou. Apenas pediu-lhe para esperar um novo reencontro. Foi embora mas deixou com ele seu coração que, com certeza, é a parte mais importante de seu corpo. Foi embora mas deixou com ele seu pensamento, com todas as lembranças. Sorri só de relembrar o quanto amou e foi amada e o quanto a espera valeu a pena. E sabe, com toda a certeza, que a nova espera também valerá. Talvez, muito mais do que a outra, porque agora os dois já sabem da tamanha capacidade que tem de amar.

Uma novidade? Ela sou eu.

(Um ótimo 2011. Desculpem pela demora.)